Exposição Solar

Exposição Solar

Por: Dr. Fernando Ribas

O problema da época balnear consiste na exposição excessiva às radiações UV mais nocivas

O Sol é uma estrela de hidrogénio, situada a cerca de 150 milhões Km da Terra. É local de reações termo nucleares, uma gigantesca central atómica, que emite radiações electromagnéticas. As de menor comprimento de onda,as mais energéticas, são felizmente retidas na estratosfera, não atingindo a crosta terrestre. Tal é o caso dos raios cósmicos, raios Gama, raios X e UVC. Contudo os ultravioleta B e A são apenas parcialmente filtrados, necessitando de cuidado redobrado.

A luz visível que corresponde a cerca de metade da radiação que atinge a crosta terrestre é a única que os nossos olhos conseguem captar e que dá a cor a todo o ambiente.

Os raios infravermelhos são menos energéticos, mas fornecem calor.

O restante espectro, não visível e ainda menos energético, corresponde à radiação de rádio, semelhante à que utilizamos na televisão, nos telemóveis e no rádio.

O Sol é, portanto a fonte de energia do nosso planeta.

Além da fotossíntese das plantas, a grande vantagem para o ser humano reside na regulação e aumento de produção da serotonina e da Vitamina D.

A serotonina regula e optimiza o nosso estado de espírito, tendo um efeito antidepressivo.

A Vitamina D é indispensável para a fixação do cálcio (prevenção do raquitismo e osteoporose), tem um efeito na prevenção do cancro da mama e cólon, influencia positivamente o sistema imunológico e o metabolismo (diabetes tipo 2), embora também esteja presente em alguns alimentos, especialmente nos peixes gordos (salmão, sardinha, cavala,etc…) na gema do ovo, fígado e carne de bovino,que, contudo, são alimentos que também têm grandes quantidades de gorduras saturadas, prejudiciais.

Os alimentos, por si só, não fornecem as quantidades diárias necessárias que oscilam entre as 5000 e as 10.000 unidades.
A principal fonte de Vitamina D é o Sol.

São necessárias, contudo, apenas 15 a 20 minutos de exposição solar diária, nalgumas zonas do corpo , para atingir quase 100% das necessidades desta Vitamina, mas… sem protecção solar.

Um filtro solar dificulta acentuadamente a produção de Vitamina D.

A vida atual da maioria da população, mesmo crianças e jovens, não contempla esta ligeira exposição. É por isso que cerca de 80% da população urbana tem défice de Vitamina D.

Além disso, a capacidade de fixação de Vitamina D nos idosos é cerca de 25% da dos jovens de 20 anos. No fundo, e como sabemos que a radiação mais nociva (que são os UVB) atinge a superfície da crosta terrestre à hora do almoço (12h-16h), aconselhamos a que não haja exposição solar direta nesse período.

O problema da época balnear consiste na exposição excessiva às radiações Uv mais nocivas.

O exagero na exposição actínica (solar) origina alterações celulares que provoca envelhecimento acentuado da pele , lesões pré-cancerosas e cancro cutâneo.

É necessário contrariar esta tendência de exposição concentrada, Devemos distribui-la em doses moderadas ao longo do ano . É fundamental evitar escaldões.

É importante a utilização de t-shirt, chapéu e óculos e , se a exposição for inevitável aplicar um filtro solar de índice elevado.
Até aos 2 anos, as crianças devem ser protegidas das radiações solares diretas.

Durante o primeiro ano de vida não devem aplicar protector solar, porque a pele ainda é um prolongamento de pele embrionária.

O bronzeamento é inicial de que a pele já foi agredida e,como tal, será de manter os mesmos cuidados. O convívio frequente com a natureza permite a adaptação da pele ao clima em que habitamos.

O relacionamento com o Sol tem de ser amistoso e não podemos diabolizar.

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