Um tumor de pele

Um tumor de pele

Por: Dr. Fernando Ribas

Carcinoma Basocelular

O ator australiano Hugh Jackman alerta para a prevenção do carcinoma basocelular ou basiloma, que é a neoplasia mais frequente e corresponde a cerca de 25% de todos os novos cancros, e não só da pele. De todos os tipos de cancros de pele, 80% são carcinomas basocelulares. Uma em cada oito pessoas desenvolve, ou desenvolverá esta forma de cancro.
E, destes, cerca de 90% são desencadeados por exposição solar excessiva, intensa, prolongada e descuidada.

Estes carcinomas surgem mais frequentemente nas áreas mais expostas ao sol, embora possam aparecer em qualquer área cutânea, e devem-se ao desenvolvimento descontrolado de uma célula localizada na camada basal que separa a epiderme da derme. Felizmente nunca metastiza, ou seja, muito raramente afeta outros órgãos.

É, portanto, um tumor de malignidade apenas local, embora, se se desenvolver junto a orgãos importantes, como, por exemplo, os olhos possa ter graves consequências. E se não for tratado precocemente torna-se desfigurante.

Este tipo de tumor pode ter vários aspetos: pode parecer uma lesão perolada, nodular ou mesmo vegetante, ou apresentar-se como uma lesão plana, de bordo saliente ou brilhante, ou com aspeto de cicatriz, por vezes deprimida. Ulcera (faz ferida) com frequência, sangrando, e pode atingir grandes dimensões se não for devidamente tratado.

Existem formas clínicas pigmentadas, que se podem confundir com melanoma maligno. O tratamento consiste na sua excisão cirúrgica, que é curativa se for efetuada nas fases iniciais do tumor. Contudo, existem outras técnicas e métodos reservados para lesões incipientes.
Torna-se, por isso, importante conhecermos o nosso corpo e estarmos atento ao aparecimento de alterações, como manchas ou sinais.
Convém realçar que a primeira intervenção cirúrgica é importante e que o tumor deve ser removido por completo.

As recidivas (o reaparecimento) do tumor podem acontecer e são sempre progressivamente mais graves. Um paciente que tenha tido um carcinoma basocelular deve ser vigiado periodicamente, de seis em seis meses durante três anos. Importa não esquecer que um doente que tenha tido uma neoplasia deste tipo tem uma maior probabilidade de desenvolver novos tumores da pele, o que implica um exame periódico toda a superfície cutânea.

Um caso mediático que chamou a atenção deste tipo de cancro é o do ator Hugh Jackman, que foi submetido recentemente à terceira operação para tratar um cancro da pele. A estrela australiana revelou o seu diagnóstico de carcinoma basocelular em Novembro 2013, quando foi operado pela primeira vez, partilhando nas redes sociais que tinha sido a mulher, Deborra-Lee Furness, a alertá-lo para ir ao médicomostrar uma marca que tinha no nariz. O diagnóstico acabou por ser cancro, de baixa taxa de mortalidade e muito comum. Desde o seu aparecimento, o ator estava preparado para novas recidivas. No total, já foi submetido a três cirurgias no espaço de um ano. Hugh Jackman, de 46 anos, tornou-se conhecido no seu papel enquanto Wolverine nas sagas X-Men e Wolverine. Teve também papeis de relevo em filmes como Austrália e Os Miseráveis.

O conhecido ator aproveitou este momento difícil da sua vida para alertar os seus fãs para a importância do uso do protetor solar e da realização de um check-up regular.

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