O melanoma maligno é um cancro cutâneo que surge nas células que produzem a melanina e é um dos cancros mais graves e agressivos cuja incidência tem aumentado cerca de sete por cento ao ano, duplicando em cada década desde 1930. geralmente, não dá sintomas. Contudo, o aparecimento de uma lesão escura da pele ou a alteração de um sinal preexistente deve alertar e ser observado por um dermatologista.
O melanoma surge fundamentalmente em indivíduos de raça branca. Escaldões ou queimaduras solares, particularmente na infância aumentam significativamente o risco de mais tarde se desenvolver um melanoma. Nos homens surge mais frequentemente no dorso e nas mulheres nas pernas. Contudo a modificação de hábitos tende a alterar estas localizações.
A incidência em Portugal é de cerca de 12 por 100 mil habitantes por ano. Assim, surgem anualmente cerca de 1200 novos casos.
Os grupos de risco são pessoas de pele clara, ruivas, loiras, com sardas, muitos sinais (nevos), histórias de queimaduras solares na infância e familiares com melanoma.
Os fatores de risco são pessoas com exposição solar intensa e de curta duração, frequência de solários e atividades ao ar livre.
Qualquer lesão escura que surja de novo ou sinal que se modifique deve ser vigiado. Um sinal assimétrico com bordos irregulares com mais de uma cor, com diâmetro superior a seis milímetros e alguma elevação da sua superfície pode corresponder a um melanoma, particularmente se evoluiu recentemente.
O diagnóstico pode ser feito clinicamente pela observação cuidada de um dermatologista que pode recorrer a uma nova técnica chamada Dermatoscopia Digital Computorizada (que permite a observação microscópica das lesões) e em situações especiais recorrendo a uma biopsia.
Cerca de 20 por cento dos pacientes com melanoma morrem da doença. Atualmente em Portugal, na ultima década, a mortalidade aumentou cerca de três por cento dos homens e cinco por cento das mulheres, no entanto, há uma ligeira prevalência no sexo feminino.
Cerca de metade dos casos ocorrem abaixo dos 40 anos de idade e só o tratamento cirúrgico é eficaz na cura do melanoma.
Quando detetado numa fase inicial é curável e facilmente tratado por exérese cirúrgica. É uma pequena intervenção cirúrgica feita com anestesia local, para garantir o diagnóstico seguro.
A confirmar-se o diagnóstico por exame histológico, seguir-se-á uma segunda intervenção para alargamento das margens de segurança.
Em alguns casos mais avançados é necessário uma cirurgia com anestesia geral que obriga a remoção dos gânglios.
Evidentemente que os custos dependem da fase em que se encontra o melanoma.
A melhor forma de prevenir o melanoma é evitar os escaldões particularmente na infância, evitar exposição solar na hora de almoço e fazer com regularidade o auto-exame da pele, devendo recorrer ao dermatologista em caso de dúvida.
A Liga Portuguesa contra o cancro recomenda:
Por: Dr. Fernando Ribas
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