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Sem pelos para o Verão? Esta é a solução (quase) definitiva

Nem todos os lasers têm efeitos iguais e é errado pensar que resolvem todos os problemas.

O dermatologista Fernando Ribas explica tudo.

Os ídolos do cinema de décadas passadas ostentavam orgulhosamente os seus peitos peludos. De Sean Connery e Tom Selleck, de bigodes farfalhudos e peitorais pilosos, assistimos ao passar dos anos e á evolução: de repente, os homens passaram também a depilar-se e os pêlos entraram em vias de extinção. Ao contrário das mulheres, que até têm uma alta tolerância á dor, a maioria dos homens foge como pode da cera e prefere métodos mais simples e menos dolorosos como as lâminas e os cremes depilatórios. Mas também há quem procure soluções mais eficazes e permanentes.

Os nossos antepassados precisavam deles para se manterem quentes. Hoje os pelos são vistos por muitos como algo pouco higiénico e até pouco atraente. Cada um sabe de si, mas a verdade é que se continuam a procurar formas de os eliminar de vez e um dos métodos mais eficazes é o Laser. É uma solução muito mais duradoira e quase indolor.

Se está a ponderar recorrer a este técnica, é melhor despachar-se porque o verão está quase aí e , além de querer estar já livre de pelos nessa altura, também ao é recomendável que faça o tratamento e vá expor-se ao sol. Para esclarecer esta e todas as outras duvidas, falamos com o especialista Dr Fernando Ribas, dermatologista da Clínica de Dermatologia Dr Fernando Ribas.

Antes de mais, o médico explica que há diferenças entre depilação e epilação e que o que procuramos aqui é a epilação. “ Depilar é cortar ou queimar o pelo, epilar é que é destruir o folículo do pelo “.

De certeza que já ouviu falar de alguns métodos que se dizem definitivos como o laser diodo ou luz pulsada, no entanto, Dr Fernando Ribas garante que o laser alexandrite é o único com eficácia comprovada: Uma vez que este material é sensível e de alta qualidade, deve optar por clínicas certificadas onde os procedimentos sejam feitos por dermatologistas, Ainda que outros espaços se apresentem como clínicas com serviços como um dos outros métodos e preços bastante tentadores, é aconselhável que tome em atenção o local onde se vai sujeitar a este tipo de tratamentos.

“ Praticamente todos os dias temos doentes que fizeram depilações a laser em qualquer lado e que têm consequências secundárias graves”, revela. Entre estas contam-se queimaduras ou manchas na pele acontece porque a maioria dos locais que prometem depilações com um destes métodos não têm médicos especializados no local.

Quem faz os tratamentos, explica o dermatologista Dr Fernando Ribas, são habitualmente técnicas com formações de poucas horas e sem conhecimentos profundos sobre o que é o laser e todas as suas aplicações e consequências. Além disso, é frequente que uma técnica percorra vários centros de estética com a máquina, o que não é recomendável. Os aparelhos de laser “ são sensíveis e facilmente ficam descalibrados com as deslocações constantes”.

É portanto essencial escolher bem o local do procedimento. Convém também saber que nem todas as peles são tão fáceis de tratar. É preciso fazer uma análise prévia para saber se tem uma pele fotossensível ou não. Nesse caso, como em casos de doenças como lúpus, alterações de vascularização, de circulação ou de cicatrização ou doenças auto-imunes, é quase certo que não possa avançar para o tratamento a laser.

A pele dos homens é diferente da das mulheres, tem uma profundidade diferente e os pelos também são mais grossos. As peles com tom claro lidam melhor com o laser do que as mais escuras, um dos factores que faz variar o tempo de resposta do pelo.

“ As primeiras sessões são muito importantes. Se usarmos pouca energia, podemos estimular as células e correr o risco de ter o efeito contrário “, explica o especialista.

Outros dos factores que podem influenciar a eficácia do tratamento, além do tom da pele, são a zona que é feito o tratamento e a força ou grossura dos pelos. Todas estas condicionantes podem fazer com que o tratamento dure três ou quatro sessões ou se prolongue por sete, oito ou mais, embora os extremos sejam situações menos comuns.

“ No primeiro tratamento só cerca de 60% dos pelos são destruídos, há sempre uma percentagem que não é afectada porque estava na fase de catagénese ou telogénese ( de evolução e de repouso, respectivamente ) e volta a aparecer porque não foram destruídos.

O processo é relativamente simples, dependendo da qualidade de pelo e do tamanho da atea que era epilar. Os pelos são queimados até ao folículo através do laser e depois

e necessário esperar dois a três meses ate á segunda sessão. A terceira acontece cinco ou seis meses depois. Os intervalos vão aumentado até que esteja concluído o tratamento. A partir desta fase, só é necessário repetir a cada um ou dois anos para fazer uma manutenção em pelos que eventualmente tenham crescido.

Quando esta no processo de tratamento, não pode arrancar o pelo até um mês antes e deve mantê-lo cortado quase rente á pele no dia da sessão, outros cuidados a ter estão ligados com a hidratação da pele e a não exposição ao sol.

“ A pele fica irritada, há uma inflamação e é necessário ter cuidados a seguir como creme para acalmar a pele, protector solar e evitar a exposição “.

Em relação ás questões mais burocráticas, todas as áreas onde haja pelo são passiveis de ser epiladas, mesmo as mais sensíveis. A avaliação será feita caso a caso, naturalmente. Dependendo das áreas, do tipo de pele da pessoa e de todos os factores que influenciam neste processo, um tratamento deste tipo poderá custar entre 100€ a 200€ por sessão, sendo que serão necessárias, em média, entre quatro a oito sessões. Isto quer dizer que um tratamento completo poderá custar cerca de 600€ a 1600€. Tudo vai depender do numero de sessões necessárias bem como das áreas a tratar, depilar axilas e peitos com poucos pelos é bastante diferente de tratar costas ou pernas ,muito peludas.

Depois do tratamento, só tem que manter os cuidados e aproveitar a vida livre de pelos.


Entrevista efectuada pela jornalista Inês Garrido Santos ( 4MEN – MEGAZINE )

Por: Dr. Fernando Ribas

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