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Os “sinais” da pele

Cuidados fundamentais todo o ano

Qualquer pápula, saliência, verruga, mancha ou ponto, escuros, acastanhados ou avermelhados da pele são apelidados de “sinais”. Os dermatologistas utilizam o termo cientifico de nevo para designar algumas destas lesões. Todos os indivíduos caucasianos ( de raça branca ) possuem habitualmente cerca de 40 a 50 nevis/sinais. Os nevos são acumulação de células da pele geralmente benignas. Começam a surgir após a infância ( a partir dos oito ou nove anos de idade ), aumentando gradualmente de número e tamanho durante a 2ª e 3ª década – são chamados de nevos adquiridos, Esta evolução dá-se até á 6º ou 7º décadas e posteriormente têm tendência a regredirem e mesmo a desaparecerem. Há, contudo, alguns sinais que surgem ao nascimento ou no 1º ano de vida, São chamados de nevos congénitos. Aparentemente estáveis, aumentam proporcionalmente durante o crescimento da criança. Necessitam de vigilância mais cuidada porque o risco de degenerarem é superior aos nevos adquiridos. Estes necessitam, contudo, de algum controle.


Os nevos adquiridos sofrem, como referimos, evolução ao longo dos anos.

Começam na infância como nevos de junção ( pequenos e escuros ), evoluem nos adultos jovens para nevos compostos ( maiores e mais castanhos ) e posteriormente ficam mais salientes e claros – nevos intradérmicos, Se num adulto surgir um novo sinal, particularmente se for escuro, deverá ser observado, Se um dos sinais tiver uma evolução brusca e diferente dos outros, então torna-se necessário também uma observação por um especialista. Os nevos que exigem observação imediata e suspeitos de poderem malignizar são aqueles que classificamos de atípicos ou displásicos. A memória ABCDE, ajuda-nos a detecta-los. Ou seja, lesões assimétricas, de bordo irregular, com mais que uma cor, com dimensões acima de 6mm e com evolução rápida ou alguma elevação. É sempre necessário observar a totalidade da pele para detectar algum nevo com essas características atípicas e que se apresente com aspeto deferente dos restantes. Mas é importante ,que existem, mais frequentemente a partir da 5ª ou 6ª década outras lesões, também vulgarmente chamadas de sinais, tais como: angiomas rubis_ pontos vermelhos; queratoses hipertróficas seborreicas – lesões castanhas verrugosas que por vezes esfarelam; lentigos – manchas acastanhadas ou negras; histiocitomas – lesões endurecidas, deprimidas ou salientes; fibropapilomas – lesões pediculadas e salientes; granulomas – lesões inflamadas; queloides – cicatrizes hepertróficas; lipomas – tumores moles, subcutâneo de gorduras; verrugas _ cravos, quistos, etc. Teremos de atender especialmente a outras lesões cutâneas que exigem tratamento rápido, tais como as queratoses actinicas – lesões descamativas e crostas – que são pré-cancerosas. Os carcinomas basocelulares – que assumem múltiplos aspectos desde pápulas, nódulos, quistos e feridas sangrantes e os carcinomas espinocelulares- geralmente rugosos, duros e crostosos são tumores malignos e exigem exerese ( extração) cirúrgica imediata.


Porém, o que mais tememos são os melanomas malignos – as neoplasias mais agressivas.

Assumem o aspeto e evolução atípica que acima referimos. Estima-se que a grande maioria do melanomas surge sobre nevos pigmentados preexistentes. È muito importante o autoexame da pele. Todos devemos conhecer os nossos sinais, observa-los com alguma regularidade e estar atentos ás suas alterações. Temos responsabilidade também sobre os nossos familiares que connosco vivem e convivem. Quem tem muitos sinais deve ser observado por dermatologista e poderá ter necessidade de efectuar um exame chamado de Dermatoscopia Digital Computorizada, Este exame, não invasivo, não agressivo e completamente indolor,consiste no mapeamento dos sinais da pele e registo microscópico daqueles mais atípicos. Assim é possível detectar precocemente lesões atípicas e instáveis, permitindo comparar periodicamente uma possível evolução ou alteração mínima que os nossos olhos não conseguem ainda visualizar. Muitas vidas serão poupadas se existir cuidado na exposição solar, no autoexame e no registo e mapeamento dos nevos.

Por: Dr. Fernando Ribas

Por geral 19 de novembro de 2024
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5 de novembro de 2024
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10 de maio de 2023
Liga Portuguesa Contra o Cancro e o Cancro da Pele.  O objetivo de “As minhas aventuras contra o Sr. Escaldão” é promover hábitos de exposição solar saudáveis. Sol, nem demais… nem de menos, simplesmente, na dose certa!
12 de julho de 2022
O Dr. Fernando Ribas foi ao Porto Canal falar dentro do âmbito do Dia Europeu do Melanoma . Neste espaço televisivo houve oportunidade para esclarecer muitas das dúvidas e fazer muitas recomendações para as pessoas se protegerem do Melanoma.
12 de julho de 2022
Na segunda parte deste programa os telespectadores tiveram a oportunidade de colocar ao Dr. Fernando Ribas as suas questões e dúvidas sobre a sua pele.
15 de junho de 2022
Conferência da Liga Portuguesa contra o Cancro, com as participações do Dr. Fernando Ribas, Dr. Marta Fonseca, Dr. Pedro Andrade e Dra. Cristiana Fonseca.
4 de novembro de 2020
O Dia Mundial da Psoríase assinala-se no dia 29 de outubro. A este propósito, Dr.Fernando Mota , dermatologista no Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães, partilha com o Raio-X um artigo sobre esta patologia.
21 de julho de 2020
A aplicação frequente de unhas de gel não é aconselhável por ser prejudicial e poder desencadear inclusivamente cancros de pele.
6 de julho de 2020
Cuidados na época balnear
30 de junho de 2020
Necessidade de exposição solar moderada, mas riscos na exposição exagerada Dr. Fernando Ribas Dermatologista Director da liga Portuguesa Contra o Cancro – N.R.N.
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